Pois bem, minha vida, que tem sido andar de ônibus - sim, eu deveria mudar o título do blog, ou melhor, acrescentar 'no ônibus' -, me deparei essa semana com um destes 'bons' exemplos circulantes. Sentada ao lado de um senhor de aproximadamente 60 anos, reparei em seus movimentos sutis. Como o ônibus estava lotado, o que não é nenhuma novidade pra mim, eu não tinha muitas opções em que prestar atenção. Este senhor, que mexia em sua pasta, retirou uma bala - não que eu quizesse, a menos que fosse a 7Belo, de hortelã ou de café, mas enfim, continuando - desembrulhou-a, e enquanto a saboreava, jogou sorrateiramente o embrulho janela a fora. Espanto, essa foi a minha cara naquele momento, e uma pergunta não saia da minha mente, o porque de ele não poder guardar o embrulho na pasta e jogar no primeiro lixo que encontrasse ao descer do ônibus? Aliás, o próprio ônibus possui um pequeno cesto de lixo logo na saída, poderia depositar o seu papel ali mesmo. Mas ok, a vida continua, o trânsito flui, e... Opa, de novo, mais uma bala sendo desembrulhada, e... Sim, outro papel de bala que foi 'voar' entre os carros e entupir mais um boeiro, como se dias de chuva já não fosse complicados o bastante.
Sejamos bons exemplos, se não pelos outros, por nós mesmos, nossa própria consciência. Na casa desse senhor, não deve alagar em dia de chuva, caso contrário ele não jogaria o papel de bala em via pública. Não falo apenas do papel de bala, mas das propagandas que recebemos, e todo o resto. Fica o lembrete, e o protesto contra esse senhor e quem joga coisas em via pública sem a menor consciência ambiental.